Ex-jogador viajava com Gianna, sua filha de 13 anos, e outras três pessoas quando o acidente aconteceu em Calabasas, na Califórnia
O astro da NBA Kobe Bryant, de 41 anos, morreu na tarde deste domingo em um acidente de helicóptero, na cidade de Calabasas, na Califórnia. As informações iniciais indicavam que o jogador estava ao lado de outras quatro pessoas, mas que nenhuma seria da família do astro. Depois, porém, a notícia de que Gianna, sua filha de 13 anos, também estava na aeronave. Além deles, outras três pessoas estavam no acidente. A informação inicial foi dada pelo site "TMZ" e confirmada por outros veículos americanos, como "ESPN" e "Variety". Pouco depois, houve a confirmação oficial através da cidade de Calabasas.
O acidente foi noticiado pouco antes do início da rodada deste domingo na NBA. A liga americana ainda não havia se pronunciado oficialmente, mas houve um minuto de silêncio antes da partida entre Denver Nuggets e Houston Rockets. Pouco depois, em seu site oficial, a NBA declarou luto pela morte. No duelo entre Toronto Raptors e San Antonio Spurs, a equipe canadense deixou o cronômetro estourar nos primeiros 24 segundos em homenagem ao ex-jogador.
De tão imodesta, uma verdade soa a ultraje: Kobe esteve fadado a ser um dos melhores de sua geração desde os primeiros arremessos. Filho de Joe Bryant, jogador de nível mediano na NBA dos anos 70 e 80, Kobe viveu seus anos de formação na Itália, onde o pai decidiu apostar as fichas ao fim da carreira. Foram anos que moldaram seu jogo de maneira única em relação a outros jovens americanos. Enquanto nos Estados Unidos a AAU - Amateur Athletic Union, organização não lucrativa dedicada a promover novos jogadores nos EUA - empurrou os atletas para o desenvolvimento de aspectos físicos como atleticismo, força e explosão, na Itália, Kobe Bryant pôde beber da fonte do "fundamento acima de tudo", um mantra repetido exaustivamente no basquete de base de países como Argentina, Espanha, Lituânia e claro, Itália.
Foram cinco títulos (2000, 2001, 2002, 2009, 2010), um prêmio de MVP (2008), dois troféus de MVP das finais (2009 e 2010), 11 nomeações para a seleção da NBA, nove nomeações para a seleção de defesa, 18 All-Star Games, duas vezes cestinha da temporada, terceiro maior cestinha da história da liga, segunda maior pontuação em um jogo (81 contra o Toronto). Sem falar naquilo que não se mede: a liderança, o caráter, o estilo, a beleza dos movimentos, o papel inegável na popularização do basquete mundo afora. Kobe se aposentou em 2016 como terceiro maior pontuador da história, posto que perdeu na noite de sábado, para LeBron James. Em seu último jogo, marcou 60 pontos e se despediu à altura de sua grandeza.
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